CLOTHILDE
Cross Sections
Label: Holuzam
Released: October 2024
Mastered: João Melor
Collage: Miguel Bonneville
Illustration: Clothilde
Design: Studio Wawa
EN
Clothilde’s new album sounds like a constant departure from almost everything. Up until now, her music pieces seemed uncontrolled, a total commitment to the machines. She was, somehow, in between us - listener, audience - and the idea of a machine producing sounds she doesn’t seem to control. Of course, none of this was entirely true, she was mostly in control, but the fantasy, the orchestration of it was beautiful. It was sci-fi-ish, Metropolis-magnificent.
In “Cross Sections” everything is purposely under control. We feel, without being told, that Clothilde is directing the narrative, inviting us to partake of this raw and austere electronic sound, forcing us to learn to enjoy it. This is new. Whereas before she would expect you to stay put and listen, eventually you would understand and give in. Or your body would. Now she is telling you to be there, she doesn’t want to be alone, she wants us to feel this subterranean urgency at all costs…
…“Cross Sections” is a tremendous effort from an artist trying to survive something. You never know what is. You don’t need to know what it is. It is just there. Cliché but it has to be said: highest possible volume on this one.
(text taken from the bandcamp's description, only for the purpose of dissemination and sharing)
PT
O novo álbum de Clothilde soa a um constante afastamento de quase tudo. Até agora, as suas peças musicais pareciam descontroladas, um compromisso total com as máquinas. Ela estava, de alguma forma, entre nós - ouvinte, público - e a ideia de uma máquina que produz sons que ela parece não controlar. Claro que nada disto era inteiramente verdade, ela estava quase sempre em controlo, mas a fantasia, a orquestração era linda. Era um género de ficção científica, Metropolis-magnífico.
Em “Cross Sections”, tudo está propositadamente sob controlo. Sentimos, sem que nos seja dito, que Clothilde está a dirigir a narrativa, convidando-nos a participar neste som eletrónico cru e austero, obrigando-nos a aprender a apreciá-lo. Isto é novo. Isto é novo. Enquanto antes ela esperava que ficássemos quietos e ouvíssemos, acabamos por compreender e ceder. Ou o teu corpo cederia. Agora ela diz-nos para estarmos lá, não quer estar sozinha, quer que sintamos esta urgência subterrânea a todo o custo…
…“Cross Sections” é um esforço tremendo de um artista que tenta sobreviver a algo. Nunca se sabe o que é. Não precisamos de saber o que é. Simplesmente está lá. Cliché mas tem de ser dito: o volume mais alto possível neste caso.
(texto retitrado da descrição no bandcamp, apenas com o intuito de divulgação e partilha)